Flerte III
Há algum tempo
que percorro em passos tímidos
a tua superfície
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Frestas
Chuva vermelha
Não curto pessoas
O oposto do homem
magra e negra
anel no dedo mindinho
reflete meu estado de espírito
relógio grande, redondo, preto e metálico
cortina de sangue
Turbulência, dança frenética da vida
Um abraço como chocolate
Gato preto
bonecas fantasmagóricas
calça xadrez
Bad Pain
Amor Solitário
De bruços, dormindo sobre o túmulo do sonho
Botina bonita
chocolate amargo
Sou minha própria referência
Lábios cor de vinho
lábios sabor vinho
piercing
Rude e ingênua observação
Boa Dor
Anel no polegar
Hábito= tédio
melhor de trás pra frente
Sobreposição
música
rítmo
pés bonitos
cortina lilás
Eu, Feliz de não ser você
Odeio como me sinto
sobre pessoas solitárias
armários amarelos
Pratico
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Caniço Pensante
Eu quero esse visual, sombrio mas elegante
sem discernir o nada
do pouco que tenho
Me agradaria dizer
algo que tivesse real significado
Divido espaço com criaturas estranhas
Quero dormir
pra não ruminar
na gritante incapacidade de agir
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Flash
Um quase nada de remorso
testemunha teu anseio
pela rosa quase nuvem
sem contar que a colheita
desintegra o sonho
como açúcar na água
(sem o doce)
Desfeita ilusão
na fluidez da consciência
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A bem da verdade
não conheço a fome
só a acidez que me digere
desde as entranhas
até as bordas do macrocosmo
(Sei do desejo com tanto nome
na tepidez da carne
que gere o prato
ou mais um orgasmo)
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Reciclado meu papel
esvoaçam dobraduras de silêncio
O não dito tem aderência e nervura
da nudez constrangedora
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Na contemplação
embainho
a mágoa mais incisiva
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Descensor
Esparramo
Mais epiderme
Retém-me o atrito
A borda pode estar no próximo passo.
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