domingo, 13 de setembro de 2009

(...)

Abro aspas para o silêncio que nasceu de nós

Aninhou-se em minha boca
semente de sonho no ventre seco da inércia

A verdade é so minha
embora os espelhos exijam retratação
e os estilhaços me singrem
expondo meu espólio
de cicatrizes invisíveis

Na lista de meus crimes deve constar
que matei a saudade

afogada

numa poça de ódio.


Iriene Borges

terça-feira, 8 de setembro de 2009




Foto: Iriene Borges