O verso calco à beleza
Te possuo enquanto a fascinação ascende ânimo
pelos cantos da tua boca
Artífice de linhas imaginárias
curvo-me
à vibração efêmera
de ser teu entretenimento
Volátil como o que provoca
o belo é reinvenção cotidiana
que deponho, a teu gosto,
abstração da minha inteireza.
Iriene Borges
sábado, 12 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Pichação
O que entra pela janela torna o vidro palatável
e retratos vivificam paredes e monitores
Pra não me entregar isso não pode fazer sentido
Silêncio a tiquetaquear e nada dorme realmente
se me aprisiona o fascínio refreável pela certeza
Para não me estragar não poderia ter sentido
E já é tarde para amar segundas-feiras em cores
que apascentam o futuro quando estou presente
Para não me extraviar só posso ir no teu sentido
escrevendo Saudade em lugar visível
sem que alguém perceba ou deduza o nome
Iriene Borges
e retratos vivificam paredes e monitores
Pra não me entregar isso não pode fazer sentido
Silêncio a tiquetaquear e nada dorme realmente
se me aprisiona o fascínio refreável pela certeza
Para não me estragar não poderia ter sentido
E já é tarde para amar segundas-feiras em cores
que apascentam o futuro quando estou presente
Para não me extraviar só posso ir no teu sentido
escrevendo Saudade em lugar visível
sem que alguém perceba ou deduza o nome
Iriene Borges
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Beatriz
A paixão
Só é bela adormecida
em páginas encadernadas
na estante ou na expressão
pictórica do inferno
doravante (sim meu bem,
teu codinome é Beatriz).
E desinventa almas delicadas:
umedece em febre e muco
até despregar um trapo
desapegado
do “final feliz”.
Alma só tem serventia
até a transformação
do sapo, que depois
magia é esconjuro
entre coxas, sacralizado
em meneio de quadris.
Mas que Poeta
em rasgos de paixão
não escreve a ficção do amor
em cada cicatriz?
Iriene Borges
Só é bela adormecida
em páginas encadernadas
na estante ou na expressão
pictórica do inferno
doravante (sim meu bem,
teu codinome é Beatriz).
E desinventa almas delicadas:
umedece em febre e muco
até despregar um trapo
desapegado
do “final feliz”.
Alma só tem serventia
até a transformação
do sapo, que depois
magia é esconjuro
entre coxas, sacralizado
em meneio de quadris.
Mas que Poeta
em rasgos de paixão
não escreve a ficção do amor
em cada cicatriz?
Iriene Borges
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