domingo, 25 de julho de 2010

Enquanto espero!

Um não sei que de procela

soprou-me na boca do nada

e despenquei até fincar raízes

numa nesga de madrugada



Viajo nos reflexos da sarjeta

Musgo e violeta no assento detrás

Um bilhete e Silêncio no alforje

Trinam apenas estampas florais





Hortência no guichê número dois

sacou meu destino da impressora

Paredes e divisórias acinzentam

o viés lilás eleito para a aurora







Desarvoram meus cabelos

palavras de céu e ventania

soprando versos descaminhos

enquanto espero calmarias



Sonho com a caixa em que te guardo



Encanto



Revolto em pedraria